28.4.11

Com dedos ásperos mas frágeis como teias de aranha, sonha ter nas mãos pregos suficientes para se prender à vida.

20.4.11

Lembras-te das pétalas que nasciam nos pequenos rios de terra que circundavam as pedras do chão? Esta manhã a corrente fez-me-te sorrir.


13.4.11

Sentei-me por detrás dos teus lábios para os poder usar sobre os meus.

12.4.11

Visto-me de vidro, reflexo e translucidez. Aproxima-te. Mais um pouco. Quero escrever com os dedos em cima da tua respiração.

10.4.11

Sentado nos teus segundos (fazes-me tic-tac sobre o ombro) ... tic-tac ... sopro ... tic-tac ... apago-te a luz ... tic-tac ... e não te vejo passar. (perdeste a corda?)

8.4.11

Se o fumo fosse mais aguado e esfoliasse nas paredes soprinhos de cal, a casa há muito que tinha o teu toque.

Assim, obrigo-me a arrastar em azul nublado e fico a espera que me chovas em pincéis.