Ontem encontrei um dedo numa sarjeta do lado esquerdo da estrada.
Ainda tinha os anéis, um com brilhantes o outro, uma aliança de um compromisso desfeito com a separação, do corpo. A unha estava cuidadosamente pintada, comprida, arranjada. Pensei guardá-lo no bolso da camisa (o melhor lugar para os dedos fora de mão) mas quando o voltei para mim indicou-me CULPADO. Amanhã espero encontrar um polegar a pedir boleia. Num polegar o gesto será sempre de aprovação.